“Uma equipe de agentes de saúde passa por treinamento para aplicar questionários e exames, nos bairros sorteados”
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em conjunto com as Secretarias Municipais de Saúde, traçaram um plano de eliminação do Tracoma em crianças de 1 a 9 anos de idade, que tem sido uma das causas de cegueira em crianças no Estado.
Em Descalvado, uma equipe de agentes comunitários de saúde está passando por um treinamento (como entrevistadores), supervisionada pela enfermeira da Vigilância Epidemiológica (Secretaria Municipal de Saúde), Maria de Lourdes Santana (examinadora padronizada desde 2015), para o trabalho investigativo que será feito nos setores sorteados: bairros Morada do Sol e Bosque do Tamanduá.
Segundo Lourdes, o sorteio foi realizado de acordo com a apresentação de dados do Censo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) –para domicílios com crianças de 1 a 9 anos.
Os agentes de saúde aplicarão um questionário para coletar informações de todos os moradores do domicílio visitado e, as crianças da faixa etária citada serão examinadas com uma lupa para a detecção de sinais do tracoma.
As crianças que apresentarem o tracoma ativo passarão por uma raspagem conjuntival para a realização do exame laboratorial.
Tracoma – é uma doença que dá nos olhos, principalmente, de crianças menores de 10 anos. É uma inflamação causada por uma bactéria com transmissão de contato direto por meio de remelas, espirros e tosse e, contato indireto por meio de objetos contaminados.
Pode ser grave, quando não tratado corretamente, e depois de muitos anos com a doença, sem tratamento, pode causar, em algumas pessoas, problemas maiores como visão baixa e cegueira.
O exame para observar a presença do tracoma é simples e é feito na parte interna das pálpebras superiores dos olhos, sendo muito rápido e sem dor, apenas um leve desconforto que logo passa.
“Garantimos que a equipe que fará o exame tem experiência e foi treinada para a realização do mesmo. Este exame será realizado pelo examinador em todas as pessoas da casa, em local com boa claridade, utilizando uma lente de aumento para enxergar as lesões da doença”, explica a enfermeira Lourdes e completa que, colher material do olho para exame é necessário para se confirmar a presença da bactéria.
Caso seja encontrada a doença, todos os moradores da casa serão tratados com uma dose única de antibiótico via oral de forma gratuita, para se evitar a transmissão da doença.
