Ainda reparando os estragos causados por uma microexplosão ocorrida no sábado (9), os moradores de Pirassununga (SP) se assustaram com a ameaça de outra grande chuva, nesta quinta-feira (14).

O temor não se concretizou, choveu apenas 4 milímetros, mas moradores filmaram uma nuvem de poeira que se formou nos arredores da cidade e colocaram os vídeos nas redes sociais. A Defesa Civil não registrou qualquer chamado ou ocorrência.

Nuvem de poeira

Nuvens de poeira tem atingido várias cidades do interior paulista. Uma das maiores ocorreu na região de Ribeirão Preto no final de setembro.

Segundo especialistas o fenômeno é esperado, diante da estiagem severa que afetou a região desde o inverno deste ano.

A formação é consequência de um fenômeno chamado de frente de rajada e consiste na combinação da poeira acumulada ao longo de semanas de estiagem com os fortes ventos que ocorreram antes das chuvas.

Microexplosão

Um temporal com granizo e fortes rajadas de vento, na noite de sábado, deixou um rastro de destruição em Pirassununga, derrubou árvores e postes, destelhou casas e deixou parte da cidade sem energia e telefone.

A Santa Casa teve danos nos telhados, calhas arrancadas, alagamento e perda de material, documentos e medicamentos. O hospital transferiu pacientes e está atendendo apenas urgências e emergências.

Segundo a meteorologista do ClimaTempo Carine Gama, a cidade foi atingida por uma microexplosão.

“Isso acontece quando uma nuvem cumulonimbus, tem uma corrente de ar descendente muito intensa e, na hora que esses ventos atingem o solo, eles se espalham horizontalmente”, explicou.

O fenômeno é parecido com um tornado, que é uma forte corrente de ar que desce das nuvem em espiral. Na microexplosão, a corrente de ar despenca em linha reta, como um “corredor de vento”, sem apresentar espiralidade, sobre uma determinada área.