Após um mês, o Hospital Dona Balbina, em Porto Ferreira (SP), retomou os atendimentos pediátricos e partos nesta quinta-feira (9) após o prefeito Rômulo Rippa (PSD) anunciar a intervenção na Santa Casa.
Os partos estavam suspensos desde o dia 10 de maio por conta da falta de médicos pediatras.
Profissionais com essa especialização são uma exigência do Conselho Federal de Medicina para realizar este tipo de emergência.
No dia 12 de maio, a prefeitura deu o prazo de 20 dias para a contratação de mais profissionais. Foram contratados 4 profissionais, mas são necessários entre 7 e 8.
Novo interventor
O prefeito informou pelas redes sociais na quarta-feira (8) que nomeou o interventor Paulo Fávaro, que vai ser o responsável por gerir o hospital nos próximos 90 dias.
Após esse período, o prefeito vai analisar relatórios e decidir se Favaro continua como gestor ou não. Uma reunião na manhã desta quinta-feira (9) discutiu os detalhes da mudança.
“Devolver a retaguarda do serviço de sobreaviso de pediatria no pronto-socorro e na Maternidade, permitir que as crianças voltem a nascer em Porto Ferreira, que as gestantes possam ser atendidas e terem seus partos aqui com tranquilidade e na expectativa de que a mesa se reorganize e em breve a gente possa devolver a gestão do hospital para sua entidade.
O prefeito disse ainda que a reunião também foi um convite para os médicos que haviam sido desligados do hospital retomassem os plantões de sobreaviso pelo mesmo valor para viabilizar o atendimento da maternidade e do pronto-socorro.
Dois médicos aceitaram o valor de R$ 720 por plantão e não R$ 1,5 mil que estavam tentando negociar porque esse é o valor para o atendimento presencial, mas eles estão atendendo à distância.
“Os médicos já mostraram boa vontade a partir do momento que voltaram a trabalhar imediatamente. Agora é analisar os fatos, verificar os detalhes e tentar resolver da melhor maneira possível”, disse Fávaro.
Sem partos
No último mês, o hospital ficou sem realizar os partos e atendimento infantil no pronto-socorro.
Eram realizados, em média, 40 partos por mês na unidade, a maioria pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Enquanto o problema não era resolvido, o hospital realizava apenas partos de urgência. Casos sem complicação eram transferidos para São Carlos, Matão, Araraquara e Ribeirão Preto (SP).